O ausente
Amiga, infinitamente amiga
Em algum lugar teu coração bate por mim
Em algum lugar teus olhos se fecham à ideia dos meus
Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios
Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas
Como que cega ao meu encontro...
Amiga, última doçura
A tranquilidade suavizou a minha pele
E os meus cabelos. Só meu ventre
Te espera, cheio de raízes e de sombras
Vem, amiga
Minha nudez é absoluta
Meus olhos são espelhos para o teu desejo
E meu peito é tábua de suplícios
Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes
E áspera áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim
Como no mar, vem nadar em mim como no mar
Vem te afogar em mim, amiga minha
Em mim como no mar...
A tranquilidade suavizou a minha pele
E os meus cabelos. Só meu ventre
Te espera, cheio de raízes e de sombras
Vem, amiga
Minha nudez é absoluta
Meus olhos são espelhos para o teu desejo
E meu peito é tábua de suplícios
Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes
E áspera áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim
Como no mar, vem nadar em mim como no mar
Vem te afogar em mim, amiga minha
Em mim como no mar...
REFERÊNCIA
MORAES, Vinícius de. Antologia poética. São Paulo: Círculo do Livro, [19--].
Lindo demais... inspirador.
ResponderExcluirbeijo e ótima semana
Verdade...
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Luks
Que lindo. Adoro Vinícius de Moraes.
ResponderExcluirAcho incrível a forma que ele retrata a mulher em seus poemas.
Tecido_Doce
Sorteio
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... Também acho, são lindos.
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Luks
A mulher tratada em poesia..
ResponderExcluirComo não suspirar lendo??rs
Beijo
Tens razão, na tem jeito... Ahhhh...rs.
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Luks